Por quê?
Existem tecidos do organismo que se reparam continuamente. Para que isso ocorra, os tecidos possuem uma pequena parcela de suas células em constante multiplicação. Exemplos: a mucosa que reveste todo o tubo digestivo e a medula óssea que produz as células do sangue.
Quando a radiação é aplicada sobre esses tecidos, agride as células em divisão, ocasionando efeitos colaterais.
Os efeitos colaterais da radioterapia variam de pessoa para pessoa e dependem fundamentalmente da área irradiada.
Se a área irradiada for a cabeça, pode ocorrer queda de cabelo localizada. Quando a boca ou o esôfago estiverem próximos às áreas tratadas, certo grau de inflamação da mucosa que as reveste está previsto, podendo haver dificuldades na alimentação. Nos casos em que o abdome é irradiado, o intestino costuma ser alcançado pela radiação, o que pode determinar diarréia.
A irradiação do quadril e de grandes áreas da coluna compromete a produção das células do sangue, podendo exigir do paciente alguns cuidados adicionais.
Náuseas e, mais raramente, vômitos podem ocorrer, principalmente nas irradiações do abdome.
É comum que a pele que recobre a área irradiada apresente problemas. Vermelhidão, ardor, prurido e escurecimento da pele são relatados com certa freqüência.
Os efeitos colaterais podem ser exacerbados nos casos em que quimioterapia e radioterapia são aplicadas simultaneamente.
Por isso, a integração das equipes médicas é muito importante.
É muito importante ressaltar que os pacientes que recebem radioterapia não se tornam radioativos!!!
Quanto tempo duram os efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais têm duração variável: na maioria das vezes desaparecem após algumas semanas, mas podem perdurar por muitos anos.
A equipe médica e a de enfermagem acompanham de perto a evolução de cada tratamento, avaliando possíveis efeitos colaterais. Nos casos de maior toxicidade, o tratamento pode ser interrompido ou ter suas doses ajustadas.